fonte: google images
O título acima pode parecer um tanto paradoxal. Entretanto, trata-se exatamente disto: a possibilidade de perder peso ao injetar mais gordura, que deve tomar uma boa quantia de dólares do exército estadunidense durante algum tempo.
Cabe uma explicação aqui: o nosso corpo possui dois tipos de gordura, a marrom e a branca. Enquanto esta última é a tradicional e bem conhecida “gordurinha”, a primeira é responsável por transformar energia armazenada em calor para nos manter aquecidos.
Trata-se do tipo de gordura encontrado abundantemente em bebês e animais hibernantes, tornando possível que o corpo se aqueça sem a necessidade de arrepios (sim, é para isso que eles servem no frio). Entretanto, o tecido adiposo marrom é consideravelmente raro em adultos.
Mas não, não se trata simplesmente de uma forma de aquecimento mais prática aqui. Na verdade, estudos recentes demonstram que pequenas quantidades de gordura marrom podem queimar cerca de 250 calorias em ambientes de temperatura relativamente baixa — além de aumentar o metabolismo em 80%.
Bem, é aí que surge o interesse do exército estadunidense. A instituição pretende bancar pesquisas para desenvolver a “gordura benéfica” em laboratório, para em seguida implantar em recrutas ligeiramente... Acima do peso. Mas nem todos os investidores da nova tecnologia são estatais. A empresa farmacêutica Ember pretende investir US$ 34 milhões na gordura marrom. Certamente uma boa notícia para quem não estiver na caserna.
Fonte: TecMundo
As pesquisas com a GORDURA MARROM
Cientistas dos EUA descobriram um tipo de gordura, a chamada gordura marrom, que tem uma característica incrível: em vez de armazenar energia, ela queima calorias para aquecer o corpo – e, com isso, faz a gente emagrecer. Todos nós temos essa gordura “do bem”, mas em quantidade ínfima (ela praticamente desaparece nos primeiros meses de vida). A idéia dos cientistas é pegar algumas células dessa gordura, cloná-las em laboratório e injetar de volta na barriga dos pacientes.
“A gordura marrom consegue eliminar os ácidos graxos da gordura branca [que forma os indesejáveis pneuzinhos]”,
disse à revista Scientific American a bióloga Yu-Hua Tseng, autora de um estudo a respeito. Como envolve clonagem de células, esse tratamento é caro e tem certo risco – erros durante o processo podem gerar mutações nas células. Por isso, outros pesquisadores querem estimular o próprioorganismo a produzir a gordura marrom.
fonte: Cherry Gim
O pesquisador americano Bruce Spiegelman, da Universidade Harvard, descobriu uma proteína, a PRDM16, que faz justamente isso. Ela poderia ser injetada no corpo, onde funcionaria como uma espécie de “elixir da magreza”, eliminando a necessidade de mexer com clonagem. Esse tratamento também tem um efeito colateral: a PRDM16 usa tecido muscular como combustível para produzir a gordura marrom. Você emagreceria, mas poderia perder massa muscular e ficar raquítico. Spiegelman admite o problema, mas diz que o risco de isso acontecer é baixo. Segundo ele, as células musculares conseguiriam se regenerar rapidamente. Ambas as técnicas foram testadas com sucesso em ratos de laboratório – por isso, muitos cientistas já acreditam que elas possam funcionar em humanos também.
“Essas descobertas nos deixam mais perto de usar a gordura marrom como arma contra a obesidade”,
diz a bióloga Barbara Cannon, da Universidade de Estocolmo, uma dos maiores especialistas do mundo no estudo da obesidade.
Fonte: Superinteressante
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